Orange tree plantation

As recentes medidas tarifárias anunciadas pelos Estados Unidos estão gerando grande preocupação entre os produtores e exportadores de suco de laranja no Brasil. A tarifa adicional de até 50% sobre produtos brasileiros, prevista para entrar em vigor em 1º de agosto de 2025, pode comprometer significativamente a competitividade do país no mercado internacional, especialmente no segmento de sucos integrais. Neste artigo, detalhamos os impactos, perspectivas e reações do setor com base em dados atualizados e análises de instituições especializadas como o Cepea/Esalq-USP e a Reuters.

Impacto direto sobre o suco de laranja brasileiro

O suco de laranja é um dos produtos mais sensíveis à nova tarifa. Atualmente, já incide sobre ele uma taxa fixa de US$ 415 por tonelada. Com a aplicação da nova sobretaxa, o custo de entrada nos Estados Unidos aumentaria drasticamente, tornando o produto brasileiro menos competitivo frente a outros fornecedores.

Segundo o Cepea/Esalq-USP, o Brasil é responsável por cerca de 80% do mercado global de suco de laranja e por 42% das importações realizadas pelos EUA. Portanto, qualquer alteração nesse fluxo tem impacto direto na economia nacional, especialmente para o cinturão citrícola do estado de São Paulo e do Triângulo Mineiro.

Exportações em queda, receita em alta

Durante os primeiros seis meses da safra 2024/25, os embarques de suco de laranja caíram cerca de 20% em volume, segundo levantamento do portal Agro Estadão. No entanto, o faturamento aumentou em mais de 40% devido à valorização dos preços internacionais. Essa conjuntura evidencia a vulnerabilidade do setor às oscilações de mercado e a importância de manter condições comerciais favoráveis.

Projeções para a safra 2025/26 e risco de excedentes

De acordo com previsão da Fundecitrus, a safra 2025/26 deve atingir 314 milhões de caixas de laranja, um crescimento de 36% em relação ao ciclo anterior. Com essa alta na produção e possíveis restrições de exportação para o mercado americano, o risco é de formação de excedentes internos, pressão sobre os preços e impactos negativos para toda a cadeia produtiva.

Ações diplomáticas e mobilização do setor

Diante da gravidade da situação, o governo brasileiro e representantes do agro estão se mobilizando. Em reunião realizada em Brasília, o vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin convocou entidades do setor para discutir estratégias que revertam a medida norte-americana. A Sucos BR, representada por Paulo Pratinha (presidente do conselho administrativo) e Heuler Martins (diretor executivo), participou ativamente das discussões.

Conclusão

A tarifa de até 50% imposta pelos EUA representa uma das maiores ameaças recentes à cadeia produtiva de sucos integrais no Brasil. Para um setor altamente produtivo, responsável por geração de emprego e saldo positivo na balança comercial, a manutenção de mercados internacionais é essencial. A atuação conjunta de governo e iniciativa privada será decisiva para proteger o setor e garantir a continuidade do protagonismo brasileiro no mercado global de sucos.

🔰SUCOS BR está atuando na linha de frente para defender o suco 100% integral brasileiro contra barreiras tarifárias e garantir espaço nas compras globais.

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